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    Fala-se muito, hoje em dia, sobre o potencial danoso das luzes visíveis, em especial a luz azul, mas vejo que os pacientes acabam negligenciando um pouco essa informação.

    Resolvi fazer esse conteúdo para clarear o assunto e dizer porque esse tipo de radiação é tão comumente associado, com razão, a fatores danosos.

    A gente sabe que existem alguns tipos de radiação, como a proveniente do sol, que tem a radiação ultravioleta A e B, sendo a A responsável pelo envelhecimento e aparecimento de manchas na pele. O raio ultravioleta B pode causar tanto o câncer de pele quanto ajudar na síntese de vitamina D.

    Já o espectro da luz visível, especialmente o da luz azul, vem sendo descrito como um problema, e não só dermatológico. Os oftalmologistas creditam, a ele, alguns problemas relacionados à retina, como a degeneração macular e outros problemas de vista relacionados à luz azul.

    Nós, dermatologistas, já evidenciamos alguns casos adversos relacionados a esse tipo de radiação.

    A luz visível é toda essa luminosidade que a nossa retina absorve e detecta como luz, nos tornando propensos a identificar cores por estímulos neurais. Mas especialmente a luz azul, que está dentro do espectro de luz visível, é uma radiação de alta energia – é, inclusive, a que mais tem energia dentro de todo o espectro de luz visível.

    Evidenciamos, por causa dela, alguns problemas dermatológicos, principalmente no que tange à formação de manchas. A gente sabe que a luz visível, por ter alta energia e baixa penetração na pele, ocasiona manchas na superfície cutânea, podendo estimular até o melasma.

    De onde vem a luz azul?

    Já expliquei que a luz visível é essa luz que nossa retina detecta. A luz azul, que, relembre, está dentro do espectro de luz visível, é majoritariamente emitida por aparelhos eletrônicos que contêm tela de Led. Monitores de computador, telas de celular, televisões e as lâmpadas de Led, as quais usamos em substituição às lâmpadas incandescentes em nossas casas são alguns exemplos de emissores de luz azul.

    várias pequenas lâmpadas de led irradiando luz azul em um ambiente escuro

    As lâmpadas de Led, em especial, produzem mais de 25% de luz azul, e os celulares – pasme – o fazem acima de 35%. Pode não parecer muito, mas fato é que essa concentração de luz azul é muito superior ao que estávamos acostumados no passado.

    Com a substituição das tecnologias e o aumento do uso do Led, cada vez mais somos irradiados com esse comprimento de onda de luz azul, que é extremamente lesivo para a nossa pele.

    O que fazer para amenizar as lesões causadas pela luz azul?

    É sabido, na comunidade médica, que a luz azul acaba oxidando as moléculas e geram radicais livres à nossa pele. É assim que acontece a formação de manchas e o envelhecimento precoce.

    Como combater isso? Através de antioxidantes.

    Existem dois antioxidantes que vem sendo estudados pela comunidade científica: a luteína e a zeaxantina, que é derivada de uma planta. Os dois antioxidantes têm propriedade antiinflamatória e acabam combatendo os radicais livres, grandes responsáveis por todas as mazelas da luz azul.

    Outra medida é a substituição de todos os monitores ou telas de Led por aquelas de uma nova tecnologia chamada OLED, que apresentam emissão de luz azul muito menor, se comparada ao Led tradicional

    Por fim, uma medida já bem conhecida por todos. O uso de protetores solares físicos (com óxido de zinco e dióxido de titânio) ou com cor de base provêm proteção adicional à luz visível.

    Espero ter ajudado com essas informações sobre os impactos da luz azul na pele. Te convido a tomar as medidas necessárias para a prevenção contra essa irradiação, que é extremamente danosa, especialmente para quem tem algum tipo de predisposição, principalmente ao melasma, que acaba se ativando com essa radiação.

    Tem mais alguma dúvida sobre os efeitos da luz azul no organismo? Deixe sua dúvida nos comentários que respondo em breve com minhas considerações.

    Se preferir, agende sua consulta e venha bater um papo comigo na Clínica Lucas Miranda.